Preços explodem, enquanto governo quer ajuda emergencial de apenas R$ 200 e para poucos
Petrobras subiu novamente o preço da gasolina, aumento chega a 22% só em 2021, litro vai a R$ 5,15. Diesel também teve novo aumento, alta de 10,9%, o que pressiona o preço dos alimentos. Já o gás de cozinha está chegando a R$ 105,00. Tudo isso em plena pandemia. Enquanto isso, a equipe econômica admite […]
08 de fevereiro de 2021
Petrobras subiu novamente o preço da gasolina, aumento chega a 22% só em 2021, litro vai a R$ 5,15. Diesel também teve novo aumento, alta de 10,9%, o que pressiona o preço dos alimentos. Já o gás de cozinha está chegando a R$ 105,00. Tudo isso em plena pandemia.
Enquanto isso, a equipe econômica admite a volta do auxílio emergencial, mas em 3 parcelas de R$ 200,00. Ou seja, por apenas 3 meses e por um valor que compra um pouco mais de 30% da cesta básica, as pessoas vão continuar passando fome. Além disso, pela proposta do governo só receberão a parcela pessoas que já estejam no Bolsa Família ou na fila de espera do Bolsa Família. Como o Bolsa Família atinge chega a R$ 190,00, o novo auxílio é mais um golpe de marketing para dizer que está ajudando os mais pobres do que um gasto efetivo.
O pagamento do auxílio emergencial derrubou a pobreza extrema de 11% da população, em 2019, para 4,5% em agosto do ano passado, segundo cálculos da FGV Social. Com o fim das parcelas, saltou para 12,8% em janeiro deste ano. São quase 27 milhões de pessoas na miséria.
Considerando que a inflação é maior para quem ganha menos e o quadro de miséria no país, o governo Bolsonaro brinca com um barril de pólvora, vivemos uma degradação social como nunca vista, acelerada pela pandemia. Um governo irresponsável que não combate nem a doença e nem defende a economia agora lança mão de projetos para agradar o mercado, como a autonomia do Banco Central. Numa situação crítica como a que vivemos, dar a chave do cofre aos banqueiros permitindo uma política econômica neoliberal ainda mais radical é tudo o que não precisávamos.