O atual ministro da saúde Marcelo Queiroga participou como convidado especial de videoconferência da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ocasião em que declarou: “Não há que falar em atraso de vacinação no Brasil. Nós começamos nossa vacinação assim que a lei assim nos permitiu.” Afirmou ainda que o país “dispõe de mais de 500 milhões de doses de vacinas contratadas”. E reiterou a promessa de que até o final do ano “teremos nossa população inteiramente vacinada.”. O número divulgado foi de 560 milhões de doses.

Dias depois, o próprio Ministério admitiu que apenas metade das 560 milhões de doses haviam sido contratadas. Na CPI, Queiroga ao ser confrontado com essa informação, disse que a nota técnica do seu próprio Ministério estava errada, mas admitiu que a contratação era de fato menor do que a anunciada. Mesmo antes de toda essa confusão, entramos com um pedido de informação, via LAI, para que o ministério de fato esclareça esses números, virou um método recorrente, desde Pazuello, fazer anúncios eloquentes sobre o número de vacinas, mas sem provar a veracidade da informação, para tentar se livrar da responsabilidade pelo atraso mortal na compra da vacina.

Na LAI, solicitamos as informações sobre de onde virão as 560 milhões de vacinas, especificando as quantidades e cronogramas de entrega de cada um dos contratos assinados pelo Governo Federal. Solicitamos ainda informações sobre a quantidade que falta para atender a população e a quantidade que poderia ser enviada por outros países que possuem vacina sobrando, conforme apelo feito pelo Ministro na reunião da Organização Mundial da Saúde. Por fim, solicitamos informações sobre quais países atenderam ao apelo do Ministro e quando essas vacinas devem chegar ao país.

Veja a documentação na íntegra: LAI.MS.QUEIRONGA.DOSES.VACINA