Queremos declarar o nosso apoio à greve das professoras e professores da Universidade Metodista!

Desde o último dia 22, profissionais de ensino da Rede Metodista de Educação entraram em greve. O motivo? Cortes e atrasos salariais, que se somam há anos de perda direitos e qualidade nas condições de trabalho.

A situação é muito grave. Vamos aqui listar alguns pontos:

1) Desde 2015, o FGTS não é depositado conforme estipulado pela lei trabalhista;

2) Atraso no pagamento dos salários;

3) Demissões sem o pagamento das verbas rescisórias;

4) Em 2019, o salário de dezembro, férias e décimo terceiro não foram pagos;

5) Em 2020, os salários de abril até dezembro foram pagos apenas 50% e não foi pago o décimo terceiro.

6) Há uma promessa regularizar o pagamento dos professores que ganham até 5 mil reais, a depender do fluxo de caixa. Os professores que ganham mais de 5 mil receberão 75% de seus salários, sem a previsão de correção do valor no ato de devolução, constituindo empréstimo sem juros.

O Brasil vive um momento de grave crise econômica. No entanto, essa crise jamais pode ser transferida a quem trabalha. Quando falamos em educação, preservar os direitos de quem ensina e valorizar professoras e professores é o mínimo. Infelizmente, há uma grande contradição que esconde doses de hipocrisia no país: todos dizem defender a educação e os professores, mas são muitos os que perpetram arbitrariedade e descaso.

Nesse sentido, queremos reiterar nosso apoio às professoras e professores da Metodista, importante instituição de ensino no ABC Paulista, que existe desde 1970.

Sem valorização e respeita a quem ensina, não há educação de qualidade.

Ivan Valente (Deputado Federal – PSOL/SP).