Chegamos a uma situação limite. A crise econômica, política e sanitária tem levado cada vez mais pessoas à conclusão de que não é mais possível esperar até o fim deste desgoverno e o impeachment é antes de tudo uma necessidade para salvar vidas.

O ano começou acelerado, a crise, agravada em 2020 com a pandemia, começa a explodir. O conjunto de erros, a desfaçatez e as ações criminosas de Bolsonaro aparecem no dia a dia, evidenciando uma somatória de incompetência e má fé.

Um levantamento da imprensa, que ouviu especialistas em 2020, apontou mais de 20 situações em que Bolsonaro pode ter cometido crime de responsabilidade, inclusive durante a pandemia: divulgação de informações contrárias às orientações das instituições cientificas; indicação de tratamentos preventivos ineficazes; divulgação de informações duvidosas sobre as vacinas a sua eficácia, de modo a comprometer a adesão ao programa de imunização; demora ou omissão na aquisição de vacinas e de insumos para sua fabricação, deixando o Brasil em situação de inequívoco atraso na imunização de sua população.

Esta irresponsabilidade sem limites teve sua maior expressão na tragédia vivida em Manaus. O Governo Federal sabia do iminente colapso do sistema de saúde provocado pela falta de oxigênio, mas, em vez de agir, o Ministro da Saúde se ocupou em gastar dinheiro público para pressionar servidores da saúde em ministrar medicamentos sem eficácia comprovada.
Paralelo à crise sanitária, aprofunda-se a econômica e agrava-se de forma acelerada a piora das condições de vida da população com o fim do auxílio emergencial, o aumento da inflação e do desemprego. O prolongamento da pandemia aliado à falta de ação e planejamento em relação às vacinas geram ainda mais incertezas e angústia em nosso povo, além de aprofundar a miséria e a pobreza no Brasil.

Diante da perda de apoio popular, Bolsonaro volta a repetir ameaças autoritárias que precisam ser fortemente rechaçadas pela sociedade em defesa da democracia. Assim como é preciso denunciar a cumplicidade da presidência da Câmara e do Procurador Geral da República com os crimes do presidente.

Todo esse processo coloca na ordem do dia a luta pelo impeachment. A pressão tem de vir de baixo para cima, com mobilizações populares como os panelaços e as carreatas, mas, também tem relevância a manifestação dos mandatos parlamentares. A hora é de máxima unidade para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo. Pelo impeachment, pela vacina e pela renda emergencial!

Vereadoras e Vereadores que subscrevem esse Manifesto:
Anabella Pavão – PSOL Batatais/SP
Djalma Nery – Mandato Popular Coletivo PSOL São Carlos/SP
Edmilson Souza – PSOL Guarulhos
Inês Paz – PSOL Mogi das Cruzes/SP
Paulo Bufalo – PSOL Campinas/SP
Ramon Faustino Todas as Vozes – PSOL Ribeirão Preto/SP
Ricardo Alvarez – Santo André/SP