Uma história de luta e resistência ao lado dos Trabalhadores

Ivan Valente e sua batalha ininterrupta pela democracia e pela justiça social, sempre estiveram lado a lado com os movimentos sociais e as lutas populares, enfrentando, diuturnamente, os interesses dos poderosos. No parlamento ou nas ruas, sua voz nunca se calou. Foi assim durante o regime militar, que combateu desde a época em que estava à frente do Centro Acadêmico de Engenharia da Mauá, sendo depois perseguido, preso e torturado pela repressão militar, até o fim da ditadura com a redemocratização do país. E segue assim até hoje!
Ivan Valente sempre uniu a coerência de quem nunca recuou de suas convicções com a ousadia de quem não perde a esperança em um Brasil mais justo, solidário e comunitário, sendo um dos deputados federais mais atuantes do país, desde 1995. Quase sempre, Ivan esteve nos primeiros lugares do Prêmio Congresso em Foco, prêmio que disputa novamente este ano. Em 2016 foi considerado um dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, segundo pesquisa do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Ivan foi durante muitos anos da executiva nacional do PT e depois, presidente nacional do PSOL, de 2011 a 2013. Foi líder do partido na Câmara dos Deputados em muitas ocasiões, além de ter participado durantes anos em várias comissões da Câmara dos Deputados, entre elas as de Educação, Meio Ambiente e do Consumidor.

Um Histórico de luta

compromisso e dedicação

Ivan Valente participa das lutas populares desde as grandes mobilizações da juventude nos anos 1960, quando foi dirigente do Centro Acadêmico da Escola de Engenharia Mauá. Como membro da geração que, em 1968, despertou para a militância política na resistência democrática à ditadura, foi perseguido, preso, torturado e condenado pelo regime militar. Ajudou a fundar o “Comitê Brasileiro pela Anistia/SP” e dirigiu o jornal socialista “Companheiro”.
Ivan foi militante clandestino durante quase todo o período da ditadura militar, atuando para combater a ditadura e para fortalecer o movimento de massas, participando ativamente da criação e da fundação de várias organizações partidárias e partidos políticos.
Na década de 1980, foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, sendo membro da sua Direção Nacional por 17 anos. Foi deputado estadual pelo PT por dois mandatos (1987/90 e 1991/94), quando foi considerado pelo movimento “Voto Consciente” um dos deputados mais ativos da Assembleia Legislativa de São Paulo. Notabilizou-se por seus projetos e ações em defesa da despoluição da represa Billings e em favor das universidades públicas, destacando-se na defesa da criação da Universidade Pública do ABC. Como deputado federal, ainda no PT (1994/98 e 2001), Ivan se destacou pela posição firme no combate à política neoliberal do governo FHC e foi co-autor do pedido de criação da CPI dos Bancos.
Ivan se destacou durante o Governo Lula no enfrentamento à política econômica herdada de FHC, que teve continuidade nos governos do PT. Em 2003, esteve à frente do Manifesto “Mudanças Já!”, com outros 29 parlamentares petistas, e, contra a posição do partido, colocou-se na oposição à Reforma da Previdência, que retirou direitos dos trabalhadores em benefício dos Fundos de Pensão privados. Por isso, foi punido pela Direção Nacional do PT.
Em 2004, foi um dos organizadores do Seminário “Queremos um Outro Brasil”, que reuniu 15 deputados federais petistas em São Paulo e elaborou uma proposta alternativa à política econômica do governo, que não foi implementada pelo governo. Foi novamente punido pela Direção Nacional do PT quando se recusou a votar na proposta do governo Lula para o salário mínimo e votou por um aumento maior, que recuperasse as perdas dos anos FHC.
Em 2005, um novo Seminário em São Paulo lança o Bloco Parlamentar de Esquerda da bancada petista, criado para ser um contraponto às políticas neoliberais do governo. Em maio daquele ano, Ivan Valente assina o pedido de instalação da CPMI dos Correios, para investigar as denúncias de corrupção no órgão.
Com o PT acuado por denúncias contra seus dirigentes, Ivan Valente assume a candidatura à presidência estadual do PT de São Paulo, junto com Plínio de Arruda Sampaio para presidente nacional. Apesar do expressivo apoio obtido no Processo de Eleições Diretas, os votos não foram suficientes para derrotar o chamado Campo Majoritário do PT. Após um amplo debate com os apoiadores do mandato e com setores expressivos da esquerda socialista brasileira, Ivan Valente toma a decisão de sair do PT e ingressar no PSOL.
Em 2006, Ivan foi reeleito deputado federal já pelo PSOL, com 83.719 votos, em sua primeira disputa eleitoral pelo partido. Em 2010, foi reeleito novamente, agora com 189.014 votos.
Ivan Valente presidiu a Frente Parlamentar pelo Voto Aberto no Congresso. Foi voz ativa e destacada na defesa do Código Florestal e contra as mudanças propostas pela bancada ruralista. Foi um dos parlamentares mais ativos na luta pela destinação de 10% do PIB brasileiro para a educação, quando do rico debate na sociedade sobre o PNE (Plano Nacional de Educação). Em 2009, propôs a CPI da dívida pública, para investigar os impactos sociais e econômicos da dívida dos Municípios, Estados e União.
Já em 1997, encabeçou a apresentação ao Congresso do Plano Nacional de Educação, elaborado pelos educadores brasileiros, e é autor de várias outras importantes iniciativas e projetos em defesa de uma escola pública de qualidade.

Ivan Valente, 1992

Campanha Deputado Federal 1998

Campanha deputado federal, 2022

Resistência ao governo Temer e combate à corrupção

garra e coragem

Em 2015/2016, Ivan Valente denunciou o golpe que conduziu Michel Temer à presidência da República, sendo, desde o primeiro momento um dos mais ferrenhos defensores da presidenta Dilma Rousseff, no parlamento e nas ruas. Ivan se colocou como oposição ao governo corrupto do PMDB já na primeira hora, sendo um dos principais opositores às reformas da previdência e trabalhista, que retiraram direitos dos trabalhadores e beneficiaram os mais ricos e o capital financeiro. Foi autor, junto com o PSOL, de um dos primeiros pedidos de impeachment de Temer, por ocasião do escândalo que levou à demissão do ministro Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo. Foi ferrenho defensor do Fora Temer e das eleições diretas para presidente, como forma de devolver a soberania ao povo e retirar da presidência um governo golpista e comprovadamente corrupto. Um dos destaques da atuação do PSOL no combate à corrupção foi o pedido de cassação do mandato do deputado federal Eduardo Cunha, num momento em ele ainda era o todo-poderoso presidente da Câmara. Depois de ampla pressão popular, Cunha foi cassado pelo plenário da Câmara dos Deputados por 450 votos a 10 em setembro de 2016.

Oposição ao governo Dilma e voto contrário ao impeachment

Ivan Valente foi oposição ao governo Dilma, crítico principalmente da guinada programática dada pelo seu governo após as eleições de 2014, com a nomeação de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda e a adoção de uma política de ajuste fiscal e corte nas áreas sociais. Ivan votou contra as MPs 664 e 665, que já retiravam direitos na previdência social e no seguro-desemprego, atingindo os mais pobres. Apesar de ser oposição ao governo, Ivan Valente, assim como toda a bancada do PSOL, votou contra a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma por entender que impeachment sem crime de responsabilidade se configuraria num golpe parlamentar e não num processo justo, o que se confirmou de forma cabal no desenrolar do governo Temer.
A partir do golpe de 2016, a luta de Ivan Valente se intensificou contra a ascensão da extrema-direita e as injustiças cometidas contra o presidente Lula. Foi um prócer do movimento Lula-Livre, exigindo que o estado brasileiro revogasse a prisão injusta do ex-presidente, fato reconhecido pelo próprio Lula em mais de uma ocasião.
Ivan foi um dos maiores opositores ao governo de Bolsonaro, não dando tréguas à familícia bolsonarista até hoje! O deputado travou uma luta diuturna pela compra de vacinas para combater a pandemia da Covid-19, além de ter combatido a política irresponsável do ex-presidente Bolsonaro durante a pandemia, defendendo o uso das máscaras e das recomendações da OMS!
Além disso, Ivan Valente esteve à frente da luta contra o golpismo de Bolsonaro, e seu desprezo à democracia e às eleições! A luta de Ivan contra a política de morte de Bolsonaro e a corja que o acompanha foi e ainda é diuturna, não permitindo ao genocida um segundo de sossego!
Ivan Valente foi importante na proposta de, pela primeira vez na história do PSOL, não termos candidato a presidente e apoiarmos a candidatura de Lula à presidência da República, felizmente vitoriosa! E nesses 8 meses de governo Lula, apoiamos o presidente em questões centrais como a votação da reforma tributária, mas mantendo nossa autonomia e independência quando necessário, caso, por exemplo da votação do arcabouço fiscal, um teto de gastos disfarçado, com o qual não poderíamos concordar.
Por último, mas não menos importante, em 30/03/2023, depois de décadas, o Estado brasileiro concedeu a anistia ao deputado Ivan Valente, que foi perseguido, preso, torturado e condenado pela ditadura militar. A reparação a essa violência histórica cometida pelo Estado brasileiro tardou mais de 40 anos, mas chegou e fez justiça ao deputado federal Ivan Valente.

Campanha 2022, Armazém do Campo, MST

Campanha de 2018

Publicações

Ivan Valente é autor e co-autor de diversas publicações sobre educação e outros temas, entre elas: “Código Florestal: Os riscos para o meio ambiente e a biodiversidade brasileira”, “A Nova LDB em Questão”, “A Municipalização Imposta e a Exclusão Social”, “PNE: FHC Sabota o Plano”, “Progressão Continuada X Promoção Automática. E a qualidade do ensino?”, “Em Defesa da Assistência Farmacêutica”, “PT: Aonde Vamos?”, “Coerência e Resistência”, “FUNDEB – É hora de pagar a dívida social com a EDUCAÇÃO”, “10 anos sem Florestan: o Socialismo vive!”, “Carta aos petistas, aos meus eleitores e à cidadania”, “América Latina: No Rumo da Pátria Grande”, “Paulo Freire vive! Hoje, dez anos depois…”

Nascido em 05 de julho de 1946 em São Paulo/SP, é casado, tem dois filhos, é professor, engenheiro e foi candidato a prefeito de São Caetano do Sul pelo PT, em 1992, a prefeito de São Paulo pelo PSOL, em 2008 e a vice-prefeito de São Paulo em 2016 na chapa encabeçada pela ex-prefeita e deputada federal Luiza Erundina.

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