Por iniciativa de Ivan Valente, presidente da ENEL terá que prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados

Sala de comissões do Senado durante 5ª reunião da Comissão Mista da Medida Provisoria (CMMPV) para debater a MP 653/2014 que altera a Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014, que dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. Em pronunciamento, deputado Ivan Valente (PSOL-SP). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Em seu requerimento, Ivan Valente enumera os prejuízos causados em vários âmbitos no estado: “Os impactos causados pela falta de energia elétrica em São Paulo são desestabilizadores. Das 308 escolas que iriam receber o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, 84 tiveram algum problema de fornecimento de energia elétrica. A queda da rede elétrica […]

09 de novembro de 2023


A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara aprovou na última quarta-feira, 8/11, um requerimento para convidar o presidente da Enel no Brasil, Nicola Cotugno, para esclarecer as medidas adotadas pela companhia para conter a falta de luz em São Paulo. O requerimento, de autoria do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), também pede para que “o responsável técnico pela distribuição de energia no estado também seja convidado a prestar esclarecimento à Câmara”. Desde sexta-feira, um apagão deixou diversos bairros de São Paulo sem luz.


Em seu requerimento, Ivan Valente enumera os prejuízos causados em vários âmbitos no estado:

“Os impactos causados pela falta de energia elétrica em São Paulo são desestabilizadores. Das 308 escolas que iriam receber o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, 84 tiveram algum problema de fornecimento de energia elétrica. A queda da rede elétrica também causou impactos no fornecimento de água e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo As Defesas Civis e o Corpo de Bombeiros registraram mais de 2 mil chamados de ocorrências em 40 municípios do estado. Destaca-se ainda que, até o presente momento, cerca de 500 mil imóveis estão sem fornecimento de energia elétrica, incluindo ao menos 40 escolas municipais”.

 

Não podemos simplesmente culpar os eventos climáticos, é preciso que a ENEL dê explicações sobre a lentidão em resolver o problema, sobre a incapacidade de atender as reclamações de seus clientes e pela falta de transparência no trato das informações. A ENEL é uma empresa privada que nos últimos anos aumentou seu faturamento, o número de clientes, o valor da tarifa, mas demitiu praticamente ⅓ de seus funcionários. Não é possível que a empresa não tenha um plano efetivo para adotar em situações como essa, bastante previsíveis na Grande São Paulo. A população paulista exige explicações sobre que medidas urgentes e necessárias estão sendo tomadas para resolver o problema e reparar os danos e principalmente quais medidas serão adotadas para se evitar que isso se repita no futuro. É imprescindível que os representantes da ENEL compareçam na Comissão de Defesa do Consumidor com a máxima urgência e prestem os esclarecimentos necessários.

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