Nossa posição sobre o conflito Israel-Palestina

Antes de qualquer coisa, é preciso deixar evidente: a morte violenta de pessoas não envolvidas diretamente nos conflitos bélicos entre países, estados ou grupos rivais, é sempre motivo para nosso pesar, consternação e completa solidariedade aos familiares e às pessoas amigas. Contudo, é imperativo dizer: não é a Palestina quem agride, não é a Palestina […]

10 de outubro de 2023

Antes de qualquer coisa, é preciso deixar evidente: a morte violenta de pessoas não envolvidas diretamente nos conflitos bélicos entre países, estados ou grupos rivais, é sempre motivo para nosso pesar, consternação e completa solidariedade aos familiares e às pessoas amigas.

Contudo, é imperativo dizer: não é a Palestina quem agride, não é a Palestina quem adota, desde 1946, uma política colonialista e opressora contra os israelenses. É exatamente o contrário. A Palestina se defende dos ataques israelenses há décadas. 

É uma mentira que a chuva de bombas que cai nesse momento sobre Gaza visa atingir alvos militares. O massacre da população civil palestina é contínuo e permanente e também se caracteriza como terrorismo, só que de estado. O avanço colonialista israelense é inequívoco, senão vejamos:

 

Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel triplicou de tamanho, anexou a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, as Colinas de Golã e a Cisjordânia, ocupando e instalando nestes territórios milhares de colonos. Ademais, tomou para si a cidade sagrada de Jerusalém, sagrada para as três grandes religiões monoteístas, um símbolo de sua expansão colonialista e imperialista.

Na Guerra do Yom Kippur, em 1973, Israel invadiu e ocupou fatias ainda maiores de território, tomados principalmente da Síria. A partir daí, a política colonialista e imperialista israelense se ampliou fortemente, oprimindo mais ainda a população local.

É fundamental apontar o que ocorre hoje na Faixa de Gaza, uma prisão a céu aberto, um campo de concentração para 2 milhões de palestinos que, evidentemente, não são terroristas. Israel cerca a região e a isola do resto do planeta, impede a chegada de água, luz, comida, remédios e até ajuda humanitária, exatamente como acontece agora!

Ao longo de 75 anos, muitas tentativas de mediação foram discutidas para contemplar a existência de dois estados. Os acordos de Oslo, de 1993, por exemplo, reconheciam a legitimidade dos dois países, previam a deposição das armas e caminhavam para o estabelecimento da paz na região.

A Palestina cumpriu todas as exigências acordadas. Por outro lado, Israel nunca cumpriu as exigências de retirar os colonos das terras ocupadas e devolvê-las à Palestina, pelo contrário, recrudesceu mais e mais a ocupação e a colonização.

Israel criou inúmeros pretextos para romper os acordos, como a visita de Ariel Sharon, em 2000, então líder da direita israelense, à Mesquita de Al-Aqsa, considerada uma provocação pelos palestinos. As reações isoladas resultantes desta provocação, foram descaradamente utilizadas pelo estado de Israel para descumprir todos os acordos de paz já assinados até então.

Israel insiste em tentar invisibilizar o povo palestino. Sistematicamente, recusa-se a atender as condições dos inúmeros acordos de paz já assinados e trabalha para que o mundo fique surdo ao sofrimento dos palestinos. O governo fascista de Netanyahu deixa esta política explícita todos os dias!

A mídia ocidental só aborda a questão do ponto de vista israelense, um estado que usurpa territórios e direitos palestinos. Cadê o ponto de vista palestino? A mídia despreza questões históricas do conflito e é conivente com violações aos direitos humanos perpetradas por Israel.

O povo palestino é refém de um estado fortemente armado que ainda conta com a ajuda inadmissível dos EUA. Ambos, Israel e Palestina, têm direito à existência. Os palestinos tentam se defender e sobreviver e lutam, diuturnamente, para reconquistar seu direito inalienável de viver numa terra que lhe foi usurpada pelo colonizador israelense.

A solução para o impasse que já custou milhares de vidas, é a constituição de dois estados autônomos e soberanos, com a devolução das áreas invadidas por Israel e o cumprimento das dezenas de resoluções da ONU acordadas nas últimas décadas, sempre desrespeitadas por Israel!

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