A greve dos servidores federais da educação cresceu e envolve 61 universidades e institutos federais. Além de outras reivindicações, como a reestruturação das carreiras, o movimento pede um aumento de 22%, dividido em três parcelas iguais de 7,06%, sendo que a primeira seria paga ainda este ano e as seguintes em 2025 e 2026. O governo federal fez uma proposta insuficiente de reajuste de 9% para ser implementado a partir de 2025, não oferecendo nada para este ano.

A proposta não foi aceita pelo movimento, pois as perdas salariais dos últimos anos foram gigantescas, principalmente nos governos Temer e Bolsonaro. Ademais, estes governos foram, gradativamente, desmontando e destruindo as carreiras, técnicas, docentes e as de apoio, o que obriga a uma reestruturação das mesmas, e é fundamental que aproveitemos um governo progressista como o do Presidente Lula para fazê-lo.

A ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, prometeu apresentar uma uma proposta específica para o setor da Educação hoje, 19/04/2024. O secretário de Gestão de Pessoas do Ministério, José Celso Cardoso Jr., solicitou aos servidores o reconhecimento de que o governo federal tem feito esforços para atender as reivindicações do movimento:

“A gente espera conseguir oferecer uma proposta suficiente, ou próximo disso, para fechar o acordo. Porque é óbvio que a gente considera a greve legítima, em um contexto democrático. Mas é óbvio também que é preciso reconhecer o esforço que está sendo feito pelo governo para dar prioridade e, mais do que isso, centralidade política para esse tema, coisa que raramente aconteceu na história do Brasil”.

Esperamos que a proposta do governo seja satisfatória, para que possamos ter as perdas salariais recuperadas e a greve suspensa. Os e as servidores e servidoras da Educação merecem respeito, pelo excelente trabalho que realizam nas universidades e institutos federais!