Tarcísio de Freitas tem sangue nas mãos!

"Tô nem aí!", disse Tarcísio de Freitas após ser denunciado a ONU por conta da violência da Operação Verão

15 de março de 2024

Foto: Gabriel de Paiva (Agência Globo)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, respondeu da seguinte maneira, ao ser perguntado sobre o que achava de ser denunciado ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em reunião realizada no último dia 08 de março, em Genebra, pela escalada da letalidade policial no estado, principalmente depois dos 71 assassinatos cometidos pela PM na Baixada Santista:

“Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí!”

A única chacina semelhante a esta na história de São Paulo, é o massacre do Carandiru, 111 presos executados pela Polícia Militar, em 1992.

Nosso mandato se solidarizou com as famílias e pessoas amigas dos dois policiais mortos na Baixada Santista, que provocaram as operações policiais na região. Contudo, estas mortes não podem promover uma vingança contra a população, que é exatamente o que está acontecendo na Baixada Santista! Combater o crime não é assassinar, indiscriminadamente, a população indefesa!

Ademais, Tarcísio se aproveita de um senso comum da sociedade brasileira, a tal sentença do “bandido bom é bandido morto”, para aplicar condenações sem julgamento, desrespeitar o direito à plena defesa dos acusados, modificar as cenas dos assassinatos, estimular os PMs a tapar as câmeras corporais, prejudicar ou até inviabilizar as perícias dos locais dos crimes.

O governador Tarcísio de Freitas e seu Secretário de Segurança Pública, o deputado federal Guilherme Derrite, tem que responder pelos seus crimes contra os direitos humanos! E Tarcísio, que tem sangue da população nas mãos, precisa ser lembrado, quando se escuda na ideia de que ganha popularidade com seus crimes, que o nazismo também era popular, também se considerava com licença para matar, e sabemos muito bem o resultado desse tipo de política.

 

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