Protocolamos junto ao Ministério das Relações Exteriores um pedido, via Lei de Acesso à Informação (LAI) para que o governo dê explicações sobre o enorme esforço diplomático para se obter cloroquina ao Brasil, mesmo depois de entidades médicas e científicas comprovarem a ineficácia da droga. A máxima dedicação pro cloroquina contrasta com o interesse zero pela vacina. No pedido de informação solicitamos cópia integral dos telegramas diplomáticos, documentos oficiais, e-mails sobre essa política desastrosa do

Matéria do jornal Folha de S. Paulo revelou que o ex. ministro Ernesto Araújo mobilizou todo o aparato diplomático do Itamaraty para garantir o fornecimento de cloroquina ao país, mesmo após a Organização Mundial da Saúde ter interrompido testes clínicos com a droga e depois de associações médicas terem alertado para a ineficácia e o risco de efeitos colaterais. Foram inúmeros telegramas, e-mails, documentos e telefonemas. Até o presidente Jair Bolsonaro entrou em campo, ligando diretamente para o primeiro ministro da Índia.

Já o empenho do Itamaraty para garantir vacinas e medicamentos foi muito menor do que o dedicado à cloroquina. Até novembro de 2020, o ministério não havia enviado instruções específicas para diplomatas prospectarem potenciais fornecedores de vacinas ou medicamentos, segundo a matéria da Folha.

Ver a diplomacia brasileira ser usada para promover e garantir uma droga ineficaz que serve à propaganda ideológica do governo, enquanto a vacina foi desprezada e boicotada, dá a dimensão exata da responsabilidade criminosa desse governo.

Fora genocidas!

Veja a documentação na íntegra: LAI.MRE.TELEGRAMAS.CLOROQUINA