Witzel tem o sangue de Ágatha nas mãos e deve pagar!

Witzel é irresponsável e exorbita no cargo

Mais uma criança morre no Rio de Janeiro, vítima da política de genocídio de negros e pobres promovida pelo governo Witzel. Ágatha Vitória Salles Felix, de apenas oito anos de idade, perdeu sua vida, alvejada nas costas por uma bala disparada pela polícia militar, em uma comunidade no Complexo do Alemão. Sua mãe estava ao […]

23 de setembro de 2019

Mais uma criança morre no Rio de Janeiro, vítima da política de genocídio de negros e pobres promovida pelo governo Witzel. Ágatha Vitória Salles Felix, de apenas oito anos de idade, perdeu sua vida, alvejada nas costas por uma bala disparada pela polícia militar, em uma comunidade no Complexo do Alemão. Sua mãe estava ao lado. As duas estavam sentadas em um kombi. Ágatha é a quinta criança que morre como consequência da política criminosa do governador do Estado.

A sensação é de consternação. Mais uma vida ceifada. Mais uma família destruída. É preciso ter claro que essa morte não foi acidental. Resulta de escolhas políticas. Na mesma toada inconsequente de Jair Bolsonaro, Wilson Witzel defende uma política de segurança pública pautada no “mira na cabecinha e atira”. Essas duas figuras execráveis se utilizam do medo da população, em razão dos altos índices de violência, para promoverem um verdadeiro “populismo de morte”. Ou seja, querem lucrar politicamente com assassinatos indistintos, como se isso fosse resolver o problema da violência.

Acontece que esta escolha acelera imensamente o genocídio dos negros moradores da periferia. Aumenta o ciclo da violência. Piora imensamente a situação. Causa vítimas. Às milhares. Por elas, aqueles que respondem pelas altas esferas do poder público devem responder.

Witzel se assemelha às milícias na medida em que busca alguma forma de ganho mediante o crime. O governador, além de tudo, mostra traços de sociopatia, quando comemora mortes aos gritos de alegria e satisfação. Isso não é normal. Aliás, essa postura é criminosa.

O enterro de Ágatha foi marcado por indescritível dor. Como não poderia deixar de ser, amigos e familiares, inconformados, culparam corretamente Wilson Witzel. Vale dizer que causa horror o corporativismo da Polícia Militar, que descaradamente ignora o relato de dezenas de presentes, que assistiram à morte de Ágatha, e apresenta uma facciosa versão de conflito. De acordo com o Código Penal, ludibriar a família e a opinião pública em relação à responsabilidade de um agente específico é crime.

Como já dissemos, essa política da morte de Witzel é a mesma de Bolsonaro. Moro, ministro da Justiça, apresentou seu famigerado pacote “anti-crime”, que conta com uma aberração chamada “excludente de ilicitude”. Através dela, o policial que cometer um assassinato motivado por escusável medo, surpresa e violenta emoção pode ser inocentado. Trata-se de carta branca para legitimar o genocídio dos negros. Se a regra de Moro já estivesse valendo, as chances de o assassino de Ágatha ser responsabilizado seriam mínimas. Não só este ponto do “pacote anti-crime”, mas todo ele deve cair. Trabalharemos nesse sentido.

O Brasil precisa encontrar uma política de segurança pública que não promova a morte. As marcas do racismo promovem o genocídio atual. Até quando famílias e sonhos serão destruídos? Precisamos dar um basta nisso. Witzel sabe que o sua política de “segurança pública” causa vítimas, como Ágatha. Por essa razão, o PSOL, ao lado dos outros partidos da oposição, apresentou queixa-crime contra o governador no STJ. Ele deve ser investigado, julgado e preso. Não podemos tolerar a barbárie!

Ivan Valente

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